sexta-feira, 29 de abril de 2011

Protocolo do encontro do dia 23/04/2011

O aquecimento foi proposto novamente pelo Ramom. Tínhamos que nos deitar no chão e conforme a nossa respiração movimentávamos.  Depois esse aquecimento ficou complexo, dessa fez o Ramon estava sendo orientado pela Martha. Íamos aos pouco levantando e fazendo movimentos no plano baixo, médio e alto. O espaço estava sendo delimitado, havia uma grande dificuldade em fazer os movimentos sem atrapalhar uns aos outros.

“Amou daquela vez como se fosse a última/ Beijou sua mulher como se fosse a última/ E cada filho seu como se fosse o único/ E atravessou a rua com seu passo tímido/ Subiu a construção como se fosse máquina”. Esse é um trecho da música construção do Chico Buarque, ela foi composto por ele em 1971, é possível observar a crítica que ele faz em relação aos riscos que os operários civis passavam naquela época.  Além disso, Chico Buarque, com essa música, provoca reflexão e discussão da situação que o Brasil se encontrava em 1971, com o “Golpe Militar” foi reduzido o salário mínimo e os cidadãos foram condicionados a viverem em situações não favoráveis.  A situação ainda não mudou, apesar de já terem se passado 47 anos do fim da ditadura, nós ainda passamos por várias dificuldades de sobrevivência.

A música construção nos fez refletir a situação atual do Brasil, a corrupção; os ricos a cada dia ficam mais ricos; a violência que somos obrigados a conviver; nosso dinheiro de tanto esforço está sendo jogado fora; a cobrança abusiva de impostos desnecessários, dinheiro esse que não é voltado para as necessidades básicas da sociedade: educação, saúde e transporte, e por ai vai. Além disso, também falamos sobre como o homem foi se transformando em uma máquina. Tudo esta robotizado, os movimentos, gestos e até pensamentos.  O trabalho manual foi trocado por máquinas, que trabalham dia e noite.  As empresas tratam seus funcionários como números, quantidades e metas. Se você não quer mais, não aguenta, há outro para substitui-lo.    

Dessa conversa sugiram duas cenas, bem parecidas, onde pessoas eram robôs e quando davam algum defeito, em um estralar de dedos era trocado o robô danificado.  Havia também o acumulo de funções estipuladas para uma pessoa.

Nesse mesmo dia fomos assistir um espetáculo no teatro do Sesc Pinheiros, a peça se chama Dna: somos todos muito iguais. Conta a estória de uma anja que caia na terra e se machuca, ela é encontrado por um homem que  a ajuda a se recuperar.  O espetáculo mostra números circenses e é contado o surgimento do homem.  

Assim acaba o nosso encontro. 


Fotos do nosso encontro





















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